Dependência dos filhos: o que fazer?

Seus filhos estão tomando as decisões por você? Veja se, apesar de bem intencionado, este não é um hábito que pode prejudicar a individualidade de vocês.

Muitas vezes, os pais se tornam dependentes dos filhos e os filhos se tornam dependentes dos pais.

No caso dos filhos, nos primeiros anos de vida de uma criança, ela precisa de ajuda integral para sobreviver. Assim, é apenas durante o crescimento que elas vão se tornando capazes de cuidar de si mesmas.

Já no casos dos pais, é comum que os filhos comecem a assumir o controle de alguns aspectos da vida conforme eles vão envelhecendo. Com isso, os filhos cuidam as finanças dos pais, por exemplo, e passam a tomar decisões por eles.

Mas será que esse tipo de dependência realmente é benéfico para ambos os lados?

Relações superprotetoras

Muitas vezes, cortar o laço de dependência com os filhos se torna uma tarefa difícil. Com isso, é comum que os pais deixem as suas vidas de lado e comecem a viver em função deles.

Esse tipo de atitude, no entanto, contribui para tornar a relação superprotetora e exagerada, impedindo o crescimento e a felicidade de todos.

Como resultado, quando a situação se inverte e os pais começam a envelhecer, é comum que os filhos assumam a posição de superproteção.

Assim, os filhos sentem que precisam tomar as rédeas da vida dos pais e passam a tomar decisões, muitas vezes, sem consultar a real vontade deles.

A importância da independência

Vale reforçar que o processo de amadurecimento demanda liberdade de ambos os lados. E, quando isso não acontece, diversos problemas surgem.

Os pais, que antes eram autoritários, se tornam dependentes dos filhos, especialmente no que tange o aspecto emocional.

Os filhos, por sua vez, assumem essa posição de autoridade ao acreditarem que os pais não possuem mais a capacidade necessária para assumirem o controle de suas próprias vidas.

É importante ter em mente que, apesar de estarem na mesma família, vocês possuem problemas, conflitos e pontos de vista diferentes.

Por isso, quando um filho assume esse tipo de postura, ele não está apenas impedindo que você continue vivendo a sua própria vida, como também se sobrecarrega e começa a se sentir responsável por decisões que você deveria tomar.

Quando falamos da terceira idade, manter a independência se torna ainda mais importante. Afinal, esta pode ser uma fase delicada, com limitações físicas, e permitir que outra pessoa assuma o controle da sua vida pode o fazer se sentir ainda mais triste e isolado.

Quando é demais?

É claro que a ajuda, o cuidado e a aproximação dos filhos durante o envelhecimento são benéficos e podem ser de grande ajuda. No entanto, é preciso estabelecer limites para que a relação não se prejudique e todos consigam viver bem.

Tenha em mente também que, apesar de ser um comportamento frequente, controlar e proteger não é um hábito saudável. Afinal, é da sua vida que estamos falando e não é só porque você envelheceu que não tem mais a capacidade de tomar as próprias decisões.

Outro ponto importante aqui é que você deve se preocupar mais sempre com o seu próprio bem-estar.

Deixe que os seus filhos lutem pela própria vida e felicidade e fique tranquilo para fazer o mesmo por você.

Manter um diálogo honesto e frequente também pode fazer toda a diferença para que os seus filhos entendam como você se sente. Com certeza, a comunicação faz toda a diferença para que vocês tenham uma aproximação saudável, mas sem tolher as liberdades individuais.

Faça as suas próprias escolhas

Cada pessoa possui o seu próprio tempo e processo. Por isso, é comum que alguns filhos sejam mais dependentes ou acreditem que, de certa forma, precisam controlar a sua vida.

O importante aqui é ter a consciência da real situação e, se preciso, buscar ajuda de profissionais especializados.

Lembre-se sempre de que a dependência não é boa para ninguém. Por isso, não deixe de expor seus sentimos e de se posicionar quando estiverem tratando da sua vida.

Quem deve tomar as decisões a respeito de onde você vai morar, qual plano de saúde vai escolher ou de onde investir o dinheiro é você.

É claro que você pode consultar os seus filhos ou outras pessoas. Porém, é da sua vida que estamos falando. E você não precisa abrir mão dela só porque envelheceu!


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