Você não precisa chegar à terceira idade sem ânimo e sem prazer em viver. Entenda melhor sobre como a depressão se desenvolve o que fazer para combatê-la!

Não é incomum vermos casos de pessoas que se aposentam e começam a se afastar dos parentes e amigos, Afinal, a terceira idade vem muitas vezes acompanhada da perda de pessoas queridas, do surgimento de doenças e da percepção que a vida é finita.

Em alguns casos, a situação é agravada por doenças, limitações físicas e um ganho insuficiente dos valores da aposentadoria. Com isso, a depressão em idosos têm se tornado um problema comum e bastante prejudicial.

Mudanças mais rápidas do que conseguimos lidar

Infelizmente, a depressão em idosos tem se tornado cada vez mais frequente. De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, 5% dos idosos que vivem em comunidade desenvolvem a doença.

Para aqueles que estão internados em hospitais, o número sobre para 11,5%. Já nos doentes em homecare, a depressão afeta 13,5% da população idosa.

A depressão começa a aparecer como consequência de uma série de mudanças pelas quais os idosos passam. Primeiro, a aposentadoria gera uma queda significativa nos rendimentos, ao mesmo tempo o tempo ocioso é muito maior.

Depois, problemas de saúde e fragilidades passam a surgir. Assim como os amigos começam a partir e, muitas vezes, a família se afasta.

Nesse cenário, o aumento da expectativa de vida da população também acaba pesando. Afinal, a previsão da OMS é de que a quantidade de pessoas com mais de 60 anos duplique até 2050. E, se vamos viver por mais tempo, vamos conviver mais com a depressão.

Causas e sinais da depressão em idosos

Normalmente, a depressão é comum em algumas famílias, estando associadas à alterações neuroquímicas no cérebro que aparecem principalmente na velhice.

Entre os idosos, a depressão podem apresentar sintomas mais peculiares. Muitas vezes, os idosos depressivos não relatam tristeza, mas sim, queixas frequentes de dores, perda de sono, oscilações de peso e, até mesmo, má digestão.

Irritabilidade, ansiedade, esquecimento, dificuldade de concentração e perda de interesse também são sintomas comuns da doença nessa faixa etária.

Apesar disso, a manifestação da depressão em idosos é bastante atípica. Esperar que a pessoa diga que está triste e sem ânimo ou se dar conta que está deprimida é um erro e pode atrasar o diagnóstico da doença.

Além disso, a personalidade de cada um é determinante para a maneira como a terceira idade será vivida. Enquanto alguns têm maior capacidade de adaptação e de superar adversidades, outros podem encarar o período com maior dificuldade.

Assim, pessoas de baixa autoestima e com uma visão pessimista do mundo estão mais sujeitas à depressão na terceira idade.

Os benefícios de uma vida equilibrada e saudável

Muitas vezes, a forma como chegamos à terceira idade é um reflexo dos nosso hábitos mantidos ao longo da vida. Dessa forma, a má alimentação e o sedentarismo impactam de forma negativa nesse período e podem aumentar as chances da doença se desenvolver.

A boa notícia é que é possível mudar e colher os benefícios de uma vida saudável, mesmo para quem foi relapso nos anos anteriores.

A prática constante de exercícios, por exemplo, é uma excelente medida para combater a depressão. As atividades físicas liberam endorfina, melhorando o humor e aumentando a sensação de bem-estar.

Além disso, elas costumam ser uma excelente maneira de se integrar a grupos, melhorando a vida social do idoso.

Aprender algum trabalho manual, usar a internet e, até mesmo, adotar um animal de estimação são outras atividades que ajudam a prevenir a doença.

Saiba que você não está sozinho e, caso esteja se sentindo para baixo ou sem ânimo, procurar um profissional para conversar é sempre o melhor caminho!